sexta-feira, 30 de julho de 2010

Brincadeiras violentas

ooi galera,aki´é o renan

5 - Verdura
Essa é uma brincadeira muito comum ainda nos dias de hoje, o nome varia muito de acordo com a região onde é praticada. Durante boa parte dos anos 90 ficou conhecida como verdura, mas hoje também é conhecida como coxinha e outros nomes dependendo da capacidade mental e gastronômica de onde ela é praticada.
A brincadeira consiste no seguinte: primeiramente você "passa" a brincadeira com alguém, faz uma espécie de acordo que lhe permite meter a porrada em outrém ou ser espancado, se você "passou" verdura com outra pessoa, toda vez que chamar um palavrão terá que dizer "verdura", caso não diga será espancado até a morte. Existem muitas variações com regras parecidas, "coxinha", por exemplo, você diz ao sentar, caso contrário vai apanhar até dizer, pelo menos vai estar sentado né?
Essa brincadeira cria um clima tenso entre os participantes, um fica esperando o deslize do outro para cair de soco em cima ... e tem sempre um zé ruela que quer participar pra ficar na onda e se esquece, acaba apanhando sem saber o porquê.

4 - Cemitério
Se engana quem pensa que as brincadeiras violentas eram praticadas apenas por meninos, as meninas tinham sua atividade lúdica com requintes de crueldade: o cemitério.
Chamada hoje de queimada, a brincadeira foi suavizada e em nada lembra os embates épicos de dez ou quinze anos atrás, quando viamos a musa do colégio descabelada e toda vermelha de tanta bolada atingir o limite da fúria ... era tão sensual.
A brincadeira consistia basicamente em dois times geralmente formados por moças e rapazes afeminados (entrava eventualmente um gaiato afim de alguma menina), eram traçadas três linhas, a do meio dividia os dois times, as da extremidade delimitavam o cemitério, para onde ia quem "morria". Calma, a brincadeira não era tão violenta assim, um participante "morria" quando levava uma bolada e não conseguia segurá-la. Obviamente ganhava o jogo quem conseguisse "matar" o time adversário todo.
A brincadeira, apesar de predominantemente feminina, era violenta, acirrava ânimos e despertava nos rapazes aquele sentimento quase instintivo de "PORRADA DE MULHER". O jogo chegava ao seu climax quando as equipes tinham poucos participantes dentre os que não tinham "morrido", a bola circulava de um lado pro outro, através do "combina" - quando alguém não "morto" jogava a bola por cima do campo do time adversário para chegar ao cemitério, onde os "mortos" poderiam arremessar a bola no time adversário - enquanto os rapazes afeminados mostravam uma valentia masculina até então não desconhecida aos gritos de "morreu, pam! pam! pam! morreu!" ritmado ao bater das mãos. Era quase um pet sematary onde só existiam veados enterrados.

3 - Carniça:
Quando já estavam cansados de joga "dibra mete gol" ou travinha, os rapazes criavam brincadeiras mais sangrentas envolvendo uma bola Dente de leite, dentre as mais violentas estava a carniça.
É bom diferenciar essa brincadeira do "pula carniça", atividade igualmente violenta, onde as crianças pulavam umas sobre as outras seguindo um protocolo pré-estabelecido de agressão física.
A "carniça", conhecida assim aqui nas minhas paragens (mas que provavelmente deve ter vários outros nomes), consistia em pegar uma bola de futebol e chutar diante de um mar de jovens desocupados, aquele sujeito atingido pela bola deveria tocar em ponto pré-estabelecido (geralmente um poste) enquanto era acompanhado por um cortejo nada gentil de jovens lhe dando tapas de várias naturezas mais conhecido como samba.
A brincadeira geralmente acabava com rapazes bufando de raiva acusando outros de trapacearem ou de ficarem de marcação, era engraçado ver os coleguinhas misturando raiva e choro num grunido visceral.

2 - Antônio Nuñez
Essa é a brincadeira mais recente e provavelmente a mais sem noção da lista. Surgida no programa Pânico no ano passado através de uma reportagem onde um gringo gordo parecido com o Haru (do filme "Um Ninja da pesada") ficava batendo com a mão espalmada na côxa enquanto gritava seu nome ("Antônio Nuñez"), os rapazes do Pânico, que não perdem tempo em criar as idiotices que fazem o sujeito mais sensato rir se condenando, resolveram transformar essa cena bizarra em um jogo, o resultado é mais surreal e ridículo que uma música do Carlinhos Brown.
Apesar de todo mundo saber a dinâmica da brincadeira, vou explicá-la: inicialmente fa-se uma roda de rapazes querendo se aparecer para algumas meninas. O primeiro grita "ANTÔNIO NUÑEZ" e mete a mão na côxa do outro dicumforça, o rapaz vítima da tapa dá um gritinho e tenta fazer o mesmo no sujeito ao lado, a imbecilidade prossegue até o círculo se completar. Ao fim de cada ciclo é organizada uma nova rodada composta por quem insiste em provar a masculinidade através de hematomas na côxa.

O pior de tudo é rir sem motivo algum com a côxa toda esculhambada.


1 - Garrafão
Essa é a brincadeira mais sanguinária já praticada em solo parajoara. O garrafão não atingiu tal posição pela maneira como é jogado, mas sim pelas confusões épicas provocadas quando se joga.
Já brinquei de garrafão várias vezes e não me lembro de nenhuma oportunidade onde a brincadeira tenha terminado de forma harmônica, sempre havia uma contenda, uma porrada, uma acusação de perseguição e revelações familiares com a exposição da homossexualidade do pai ou de prostituição da mãe de alguma das partes envolvidas.
Pra quem nunca jogou ou as marcas de violência criaram um bloqueio mental, vou explicar como funciona a brincadeira: primeiro desenha-se uma garrafa grande no chão (daí o nome), a "mãe" (rapaz previamente escolhido pela sorte, ou falta dela) só pode entrar e sair pela boca da garrafa ("vai entrando na boquinha da garrafa, é na boca da garrafa, entra mais, entra mais um pouquinho"), enquanto os outros participantes podem circular livremente por todo espaço, desde que se locomovam apenas com um pé quando estiverem dentro do garrafão, caso essa regra seja desobedecida o sujeito "quebrou" e tem que tocar em uma parte pré-determinada (geralmente aquele poste descrito anteriormente) ao mesmo tempo em que leva um samba. Na próxima rodada esse sujeito será a "mãe". O mesmo acontecia se a mãe pegasse algum pobre coitado.
Brincar de garrafão era tenso porque geralmente a brincadeira nunca terminava, um sujeito sempre abusava na hora do samba e cumprimentava o cucuruto do colega com cascudo ou então lhe dava tapas em outros lugares não convencionados pela ABSAM (Associação Brasileira de Samba) como costas, peito e as vezes até nas nádegas. Por falta de recursos tecnológicos que fiscalizassem o samba e se um sujeito "quebrou", a brincadeira foi rareando cada vez mais, hoje sendo praticada apenas em algumas organizações clandestinas em países do leste europeu e no sudeste da Ásia.
E você conhece alguma brincadeira violenta? Compartilhe aí
agr umas imagens fodas





Todas as vacas deste cantinho
Tem muito que contar
Umas dão leite ao pequenino
Outras mamam pra engordar
Não á vacas como estas
Pelo pasto a pastar
Indo ao encontro da bilha
Para na bilha Levar.

Flw

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